Longínquo
Olho para ti, mas estás muito longe.
Num país sem miragem, meio snobe
Vejo o fantasma do erro como cobre.
Estranha comparação feita em ilusão.
Estás afastado, ausente, perdido no cosmos.
O universo dar-te a tudo o que não tive.
A natureza, a causa são um certo declive.
Perdão não existe, onde só há “cromos”.
Não posso fazer nada, sou uma simples mortal.
Que viaja pela terra do nada, como imortal.
Sinto (talvez), penso (não sei) como uma mutante.
Que atravessa o que é bom, de forma divagante.
Estranho, sombrio, escuro é o prazer errante.
Termino, olhando-te, através da alma escaldante