O sentido do quê.

Fundo dispersivo

Coisa abstrata

Perdido no nada

Pela frente o vento

Irrealidade real

Posto surrealista

Tragado pelo buraco negro

Viajando de espaço em espaço

O deserto largo.

Não chega ao sepulcro

Mas,não existe terra

O combustível acabou

Há deriva nos olhos

A cor é invisível

Como a água sem gosto

Um cego na estrada

Horizonte de abismo

Sem querer... Ter querer

Que na fonte sagrada

Seco dia e noite

Igual a madrugada vazia.

Ninguém fala

O por quê; se não há pergunta

No que não vê resposta

Talvez ainda seja estrela

Simplesmente

Porque também ainda não nasceu.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 03/05/2006
Código do texto: T149870
Classificação de conteúdo: seguro