LIBERDADE
O pássaro que dança em minha retina anseia por voar
Seu coração sangra e uma das asas está quebrada
Tenta mesmo assim, um vôo cambaleante
até o escuro do céu que some debaixo de seus pés
Sobe até perder o fôlego
atravessa oceanos, vales, montanhas
seus olhos lacrimajam, e baixinho soluça
ferido e quase cego dispara rumo ao infinito
tal qual raio aleijado e teimoso
Em uma redoma azul, fica transparente
Treme, vibra,brada,avança
Na carona desta ousadia guerreira
Espatifo-me de encontro ao muro.
No fundo uma luz brilha
E, antes de dormir eternamente
Leio por entre nuvens embaçadas
algo que julgo ser
LIBERDADE!!!