DEIXE-ME
Deixe-me só com minha loucura
Deixe-me só com as poesias
Faça com que eu sorva lentamente o sofrimento
Se, nem no somo alívio eu encontro
é porque tua presença no escuro existe
o lençol abriga meu corpo
mas não aquece minha ânsia
Mesmo estando junto a ti
Minha cabeça voa
Nas águas calmas de tua presença
Sou a onda rebelde que o vento entorna
Os espelhos quebrados não brilham mais
No lusco-fusco vadio da vidraça
estou novamente perdido
Desamarra minhas mãos
Para que eu fuja de "mim"
Deixe-me só no frio
Deixe-me só no mundo
Deixe-me só na vida
Não me persiga
Vais morrer sem provar o fel da justiça