DEIXE-ME

Deixe-me só com minha loucura

Deixe-me só com as poesias

Faça com que eu sorva lentamente o sofrimento

Se, nem no somo alívio eu encontro

é porque tua presença no escuro existe

o lençol abriga meu corpo

mas não aquece minha ânsia

Mesmo estando junto a ti

Minha cabeça voa

Nas águas calmas de tua presença

Sou a onda rebelde que o vento entorna

Os espelhos quebrados não brilham mais

No lusco-fusco vadio da vidraça

estou novamente perdido

Desamarra minhas mãos

Para que eu fuja de "mim"

Deixe-me só no frio

Deixe-me só no mundo

Deixe-me só na vida

Não me persiga

Vais morrer sem provar o fel da justiça

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 02/05/2006
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