Angustias

Que a morte não espante

O gosto da vida que tive um dia

E que ela venha tão silenciosa

Quanto o meu grito de medo

Na calma fúnebre de meus dias

Na alegria insana que não vivi

Nos monstros e fantasmas que criei

Separando o riso e a dor

Em um andor de historias

Nas agonias que cheiro

Nos gritos que calo

O beijo da morte molha minha boca

Seca minha alma, apagando as luzes.

Tão sombria as fazes do mundo

Eu sou esse mundo... Imundo.

Que ela venha na madrugada chuvosa

No passo seguinte em um dia de sol

No grito de gol do meu time

Ou no regime que me esqueci de fazer

Que ela me afague!

Como quem sonha com a vida

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 14/03/2009
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