Morte Branca

Quando te senti pela vez primeira

Percebi que há muito que te precisava

Mas em nada, jamais te encontrava

E chegaste a mim de modo tão estranho

Numa noite fria, no choro da garoa

Pensei que talvez fosse só mais um

Onde teu nome pelo espaço ecoa

A buscar-te, sem ter mal nenhum

Porém depois que comigo ficaste

E senti a tua alvura, teu aroma

Tornou-se de minha vida, haste

Sem importar-me com o valor da soma

Mas hoje, já luto contra tua presença

Sei que não devo, mas com mui eloquência

Convence-me, e fico qual criança

Buscando-te, perdendo a consciência

Ai! Te sinto por entre meu corpo

Num vem e vai de sensações de vida

Por vezes ando a esmo feito morto

Buscando encontrar em ti , guarida

Meu ser se agita e se contorce inteiro

Mas sei que tudo isso um dia passa

E esse amor que não é verdadeiro

Transformar-se -á em vã desgraça

Por isso peço que de ti me esqueça

Minha alma, por conta de ti se abate

Preciso aliviar minha cabeça

Antes que tu venhas e me mate.

Moisés Lopes
Enviado por Moisés Lopes em 13/03/2009
Código do texto: T1484410
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