LOBO (II)
Escurece. Algo, na noite, chora,
enquanto ele ri ... comemora ...
e mostra a chaga, ferida aberta,
que a natureza avilta depressa.
Nada restou de sua busca certa:
Ali está o Coração que nele tropeça...
Mas há uma certa arte, rude beleza,
neste vencedor que mais se demora
na aurora, a apreciar a acesa hora,
e no prazer que na boca lhe aflora
quando saciado, ele solta sua presa...
Silvia Regina Costa Lima
6 de março de 2009
Escurece. Algo, na noite, chora,
enquanto ele ri ... comemora ...
e mostra a chaga, ferida aberta,
que a natureza avilta depressa.
Nada restou de sua busca certa:
Ali está o Coração que nele tropeça...
Mas há uma certa arte, rude beleza,
neste vencedor que mais se demora
na aurora, a apreciar a acesa hora,
e no prazer que na boca lhe aflora
quando saciado, ele solta sua presa...
Silvia Regina Costa Lima
6 de março de 2009