Prato Suicida

Quem sabe escrever seja um suicídio

Pensar na alma regurgitada

Um desespero desencontrado.

Mas em vão.

Sou poeta dos prazeres

Sou a carne dos sabores

A zombaria romântica dos amores.

Sou exposto

Sou frágil tal prato que se mata.

Idéia que não se apaga

Vontade que não extermina.

Escrevo minhas vontades e as tuas também

Pois os medos são conjuntos

E os desejos absolutos.

Se a verdade não se suplica

Então arranco a pele

E deixo meu bem mais precioso:

Minhas palavras verdadeiras.