Sem pé, nem cabeça
De repente,
já não tenho mais corpo,
nem copo;
já não tenho mais pé,
nem cabeça.
Sou goles e garrafas à esmo,
sem rumo, não sou eu mesmo.
De repente,
já não tenho mais alma,
nem vida;
já não tenho mais rumo,
nem rima
e fico na cisma, se ainda sou,
se ainda vou.
De repente,
embaralho tudo, falo bobagens
e embarco nessa viagem
que não me leva mais ali.
Então, me esqueço,
adormeço e fico por aqui.