O canto triste da loucura real

Em meio a tudo existente

A um canto que permanece intrínseco em nós,

Um canto que sendo uma mistura de realidade

Com imaginário que se funde

E transforma-se

No mais alto tom da complexidade humana.

Esse mesmo tom que passam pelas ruas,

Botecos, vielas...

Passam nas mentes puras e corrompidas

Das grandes influências

Dos descasos humanos.

Andando pelas ruas

A loucura canta...

– Eu amo a vida! Eu gosto de vocês!

Eu amo a vida! Eu amo vocês! –

E dentro de toda realidade

O social (monótono)

Escandaliza-se

Por ver atitude de tão extrema qualidade

Que em realidade não existe mais...

– Eu amo a vida! Eu gosto de vocês!

Eu amo a vida! Eu amo vocês! –

E com um ato singelo de humildade

A loucura canta com o amor

Que em toda realidade

Nunca existira...

– Eu amo a vida! Eu gosto de vocês!

Eu amo a vida! Eu amo vocês! –

Nesse canto as palavras nunca mudam,

Pois a loucura entorpeceu as letras

E o significante delas

Paira no infinito azul...

– Eu amo a vida! Eu gosto de vocês!

Eu amo a vida! Eu amo vocês! –

E sempre esse canto vai demonstrar

Que os sentimentos não têm sexo,

Não tem cor, não tem razão...

Sentimentos são apenas SENTIMENTOS!

Sentimentos lindos e perpétuos,

Caros e sofríveis,

Raros e duradouros.

Pois nesse canto triste

Da loucura real,

Afogo-me,

E não sendo mais o EU,

E sim a loucura,

Eu também canto...

– Eu amo a vida! Eu gosto de vocês!

Eu amo a vida! Eu amo vocês! –

Grégori Augustus Reis
Enviado por Grégori Augustus Reis em 05/03/2009
Código do texto: T1470198
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