Curiosa boca amedrontada
Você fingiu sua voz naquela noite?
É impressionante como posso me confundir
E se todos meus poemas começam ou terminam
Com uma interrogação, pouco posso fazer
Devo eu encarar meus demônios que me assolam
E só depois partir pra cima de você
Da pra sair da frente?
Pois eu quero passar!
Seu jeito invocado não me pressiona
Se lembra do episódio em sua casa?
Na hora final, o sangue escorrendo pela boca
E o líquido fatal totalmente contido em nosso amor
Por mais que você pegue um telefone e se esforce
Não conseguirá obter uma palavra minha
Eu lembro exatamente de todas conversas no carro
E suas angústias encerradas pelo choro
Não me venha mais, pelo amor de Deus
Vamos fazer um trato
Antes de tentar me corrigir, se corrija
Só assim poderá novamente ver a luz do sol
Aqueles fins de tarde, não compartilho mais
Nem suas drogas, como já disse antes
Agora vivo sozinho, totalmente
Estou louco de vontade de te matar em meus pensamentos