Curiosa boca amedrontada

Você fingiu sua voz naquela noite?

É impressionante como posso me confundir

E se todos meus poemas começam ou terminam

Com uma interrogação, pouco posso fazer

Devo eu encarar meus demônios que me assolam

E só depois partir pra cima de você

Da pra sair da frente?

Pois eu quero passar!

Seu jeito invocado não me pressiona

Se lembra do episódio em sua casa?

Na hora final, o sangue escorrendo pela boca

E o líquido fatal totalmente contido em nosso amor

Por mais que você pegue um telefone e se esforce

Não conseguirá obter uma palavra minha

Eu lembro exatamente de todas conversas no carro

E suas angústias encerradas pelo choro

Não me venha mais, pelo amor de Deus

Vamos fazer um trato

Antes de tentar me corrigir, se corrija

Só assim poderá novamente ver a luz do sol

Aqueles fins de tarde, não compartilho mais

Nem suas drogas, como já disse antes

Agora vivo sozinho, totalmente

Estou louco de vontade de te matar em meus pensamentos

O Anjo Original
Enviado por O Anjo Original em 01/03/2009
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