Ver-te do cais.

Pára o tempo do mar

Nos olhos do pescador,

Marujo atirado

Pois já é navegador.

Caravelas ao vento

Carta náutica nas mãos,

Ordens na nau

Capitão é doutor.

Febril mar maremoto

Ondas de almirante,

Peito forte

Natureza desafiante.

Recolhe velas

Brumas na proa e convés,

Marinheiros experientes no timão

Segura a direção.

Vencido o turbilhão

Mais uma história de pescador,

É de glorias conquistadas

Que um barco vira navio,

Não se fala com ironia

E nem fantasia.

No rosto as marcas

Do sol com marisias,

Sonha com a lua de prata

Na solidão do coração.

Mas não deixa de ser

Pescador, pescador de ilusões

No mar, no mar, no mar.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 26/04/2006
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