Só uma lágrima

Só uma lágrima e nada mais

Quente e transparente

Escorre no rosto desbotado

Ressecando no seu lastro

A esperança contida

Quando os olhos

Já esbugalhados pelo choro

Abstrai-se do inconfundível medo

O medo de ter a certeza

Que a última fronteira

Fora cruzada

De forma inóspita

Procurando o rumo sem rumo

Na afeição de um sobrevivente.

Era terna a visão

Porém culminaria

Numa lápide de mármore

Se provável fosse

A total desintegração

Do teu nobre amor.

Idas para o além

Vindas para a cabeça, amém...

A base se recompõe

A partir do fio vital

Gerando uma corrente positiva

Captada pela voz do pensador.

É um choro interno

Onde a mesma lágrima

Fez a diferença

Entre o bem e o mal,

O vencedor comemora.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 26/04/2006
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