Só uma lágrima
Só uma lágrima e nada mais
Quente e transparente
Escorre no rosto desbotado
Ressecando no seu lastro
A esperança contida
Quando os olhos
Já esbugalhados pelo choro
Abstrai-se do inconfundível medo
O medo de ter a certeza
Que a última fronteira
Fora cruzada
De forma inóspita
Procurando o rumo sem rumo
Na afeição de um sobrevivente.
Era terna a visão
Porém culminaria
Numa lápide de mármore
Se provável fosse
A total desintegração
Do teu nobre amor.
Idas para o além
Vindas para a cabeça, amém...
A base se recompõe
A partir do fio vital
Gerando uma corrente positiva
Captada pela voz do pensador.
É um choro interno
Onde a mesma lágrima
Fez a diferença
Entre o bem e o mal,
O vencedor comemora.