Ipueira
Ainda bem que teu rio transbordou e me invadiu
Eu que andava assim tão sozinha e sentindo frio
Tua água chegou de mansinho, assim devagarinho
Acabando com minha secura meu leito eternizou
Sem saber que tuas sobras me ajudaram a não morrer
Ficas feliz ao ver em seu leito tanto barco passar
Aproveito-me de teu remanso, de teu “tanto”
Pra poder assim com esses retalhos da ausência me abrigar
Agora molhada, invadida e suavizada pelo teu balançar
Vou me entregar inteira, faceira feito feiticeira a dançar