SOB O VENTO
Ah!! Queria voltar ao princípio do mundo,
desintegrar átomos... despovoar a Terra ...
Queria perder a timidez ou minha lucidez
e, quem dera, de vez, ao menos uma vez,
escalar as alturas, desafiar a tempestade,
esquecer a sanidade/a idade/a divindade...
Desafinar a sinfonia, descer mais ao fundo,
dar a cara a bater... ou bater em igualdade.
Ousar existir e fugir desta maldita cidade!
Esquecer os atalhos miseráveis, imutáveis
e caminhar, glorioso, na estrada principal!
Não despertar feito eu e, sim, o meu inteiro,
ainda que fosse amoral, entanto, verdadeiro.
Queria dizer aquele 'não' que está enviesado
- falar, calar, voar, gozar, gritar - ou só passar
sob o arco do tempo e sob o Vento encantado,
compassado. Mas, como nada disso eu faço,
cabisbaixo, retorno sobre os tristes passos,
pois, de novo, preciso pedir socorro ao mar.
Não há ninguém e, outra vez, morro afogado!
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Silvia Regina Costa Lima
Silvia Regina Costa Lima
19 de fevereiro de 2009
te dedico, teacher Gil
Recanto das Letras – T144979
Presente de amigos:
Fernanda Xerez
Fica aqui, então essas minhas humildes palavras
do que aprendi e apreendi desse teu belo texto:
S.abes que disse a verdade
O.desejo de quebrar paradigmas
B.otar a boca no trombone
O.s ventos que levem nossos desabafos
V.erdade, compasso ou descompasso
E.que venha então essa vontade de expandir
N.ada de regras ou censuras, nem palavras duras
T.udo livre para podermos expressar, ainda em versos
O.que a nossa alma deseja e cala
S.ilêncio ! olha o mar e te acalma
Beijos.