Purgatório
O tempo agora está fora de si.
Tento me convencer de que hoje é ontem
E o amanhã não virá.
Virá! Mesmo que as horas não mais existam.
A música perfeita (aranha-rainha),
Tece sua teia - o medo nas faces - bem próxima às faces.
Em meio aos escombros do meu pensamento,
Busca o enlace entre o inimaginável
E o lógico óbvio declarado de meus neurônios.
Não encontrará!
Sua procura então defrontar-se-á com
Barreiras, feras e que,bestas e
Deuses homossexuais que,
NUma bandeja de ouro
apresentarão o desafio:
- Ou ame ou queime ou se perca e se
afogue em meio às riquezas materiais empobrecidas.
Essas, gerarão a indecisão que tomará os cérebros de assalto.
Chuvas ácidas de sabedoria inexpressiva
varrerão a lama dos, que, subordinados aos cifrões,
empesteiam a humanidade,
(Graças a qual deus o fim está próximo?).
- É chegado o fim?
- Do mundo ou de minhas palavras?
Puritanas tomarão o lugar destinado às prostitutas
E estas, por sua vez,
Descobrirão que não querem o vice-versa.
O planeta, antes sonho, se transformará
Em planeta Caos.
E o inferno de todos os mundos
Se passará a se chamar Terra.