Existência
O homem, em toda sua vil magnitude,
Se apequena diante do fogo efêmero e eterno,
constante em seu olhar de ébano,
Oh, Criatura das sombras,
Se curva à aconchegante elegia,
Audível sob os edredons desfigurados
Pelo incomensurável número utilizado
E se transforma em um pensamento fatal:
- A morte, a morte!
E eu, famélico que me tornei de palavras,
Carente de ouví-las inteligentemente,
Me vejo acorrentado inutilmente às mesmas,
E até mesmo sem pronunciá-las e nem escrevê-las,
as ouço em meu momento mais íntimo;
O da solitária extrema unção.