Sol nevoado
Apenas humano
de olhos castanhos
assim hei de viver
confrontado
pelos sonhos prosaicos
Ausente de alma sou pensamentos
feito de acasos
que sucedem entre dores e prazeres
estranho na contingência
Não ser forte nem frágil
Apenas humano
Vagando de rua em rua
querendo entender os porquês
jamais perdido, encontrando-se
em olhares e cotidianos
você de vez em quando
Nas trovoadas e nas tempestades
e nos abrigos quentes medrando
Quero
o direito de aparentar como sou
na medida exata do mundo
que me é de humano.
mas só as estátuas olham o chafariz
que se detém na extensão da praça.