Banho de espuma

Chega em casa com a camisa amarfanhada; manchas de batom elucidam essa noitada evidente.

Enche a banheira e mergulha em seus devaneios.

Paranoia...

Tenta relaxar, faz bolhas de sabão,

Mas a memória não o deixa controlar o vazio.

Abre o chuveiro e limpa os resíduos neuróticos

Sentindo pelo corpo um torpor confidente,.

A toalha foge do alcance de suas mãos.

Tenta mais uma vez...

A primeira decisão foi apagar do corpo

A disputa ,da mente ,

A tatuagem , a fama, a separação.

A gravata , atando os nós do desejo...

Cerveja, suor, desilusão...

GARDÊNIA SP 20/4/2006

Gardênia
Enviado por Gardênia em 20/04/2006
Reeditado em 21/03/2021
Código do texto: T142436
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