Você e eu na Cibernética
Nem precisamos confessar
Falar nem sequer precisava
Um olhar quem sabe um dia...
Tentei cruzar os dados
Decifrar as combinações
Entre bist e bytes confusos
programados no meu processador
Nos encontramos na cibernética
Nos meios de tantos binários
Códigos e hexadecimais
Transformando em letras
As vezes coisas tão banais
Sua voz chegou em mim
Através de impulsos elétricos
Estava tão próximo
E ao mesmo tempo longe demais
O toque naquele instante
Seria choque demais
Foi melhor assim
Setimos o gosto do querer
Te digo com certeza
Que sorri o tempo todo
Me imaginando importante
Motivo de tamanha atenção
Foi tão bom a transmissão
Todos os fluidos aqui armazenados
Nas trilhas de meu coração
E agora seguimos assim
Voce aí do outro lado da tela
e eu aqui tentando arrancar do peito
o virus que se instalou aqui.