Devaneios

Devaneios

Eu: Tens o que? Ela: Loucuras mortas pela razão.

Eu: O que quê tem.

Eu: Tudo no mundo tem e tem tudo no mundo.

Ela: Hoje você vai? Eu: Não sei.

Ela: Então vai que hoje eu sei que vou.

Eu: A onde? Ela: Viver um pouco o certo.

Eu: O que quê e é certo? Ela: correção ortográfica.

Eu: Mas essa muda, mudança transgênica e que

nasce nova quando velha está.

Ela: Mas você vai ou não?

Eu: Ta então vou, mas quero um pouco de loucura

aparente.

Eu: Vamos esbaldar os anseios contidos e sussurrar

lambendo os ouvidos.

Ela: Vamos beber até cair e lúcidos gozar a vida ilógica e desmedida.

Sorrir mole e mole nos amolar-mos.

O NOVO POETA. (W.Marques).