DE PRAXE A DISPARATE

A saudade...

É uma senhora,

Muito ou meio ingrata,

Mas é também uma jovem,

Ou não,

Mas é com certeza uma fonte

Rica e interminável, de inspiração,

Pois me faz escrever,

Sem querer,

Muitas vezes,

Acredito-me,

Que para as minhas

Ou por minhas recordações,

As que me são imortais?

Não sei!

As que se fazem imortalizadas?

Talvez!

Mas escrevo,

Não sei se somente por mim,

Ou se por minhas lembranças,

Assim...

Tantos versos fluem,

Para as pessoas que amo

E teimo em não deixar de amar,

Mesmo sabendo

E com toda certeza,

Que talvez nunca mais as veja,

Ou quem sabe até as veja,

Mas não as reconheceria mais,

Por estarem a tanto tempo

Longe de meus olhos,

De meu convívio

Ou de minhas palavras,

Apesar de nunca esquecê-las.

Outras tantas letras se chegam

Paridas de meu pensamento,

Para as pessoas que muito amo,

E as conservo perto de mim,

Às vezes de meus olhos,

De minha convivência

E sempre de minhas palavras,

Assim como você,

Que agora me lê

E se deixa ler por mim,

Pelo menos superficialmente,

No que lhe interessa eu saber,

Ou no que você quer me dizer

De sua bela vida

E de sua linda pessoa.

(RECONVERSAS)