Sem rumo
A busca incerta
O cambalear do bêbado
O calar das línguas
A aurora que insiste em ficar
A doçura que teima restar
O amargo gosto de sentir
O pulsar desse peito vulgar
O andar malicioso do encontro
O sonhar com teu olhar
A sombra de um lugar
O abraço sem braço pra abraçar
As mãos vazias querendo tocar
O canto em que fico a esperar
Do canto que da boca não vem
Restam migalhas de poemas
Que resgato nas páginas de alguém