O espetáculo da dor
Sente-se prepare a alma para o banquete
Assista a dor de arquibancada
não confunda o cassetete com a pancada
tampouco essa poesia mal rimada
Dizem que a vida dói a medida
em que o amor destrói
tanto a vida quanto a saída
para o que somos nós
Da plateia a dor não dói em ti
somente afeta o que a provoca
E o que prefere sentir
o osso que se desloca
na falsa tentativa de sorrir
Não toque na ferida que o sangue jorra
não confunda esse plasma espesso
com esperma que
para Gozo não há tempo
O momento é de azar
plante sua mortalha ao chão e comece a rezar
Pois acaba-se o mundo
Mas o espetáculo tem que continuar...
(DEDICADO A TODO SER COM ALMA DE PALHAÇO)