Fantasma

Era um cara estranho
Andava de lado meio medonho
Falava da vida como se não tivesse lá
Tinha um olhar matreiro
E era simplório e meio pederneira
Queira ver o mundo explodir
Era a coisa esquisita
Falando do amor, que tinha muito medo
A história lhe dava pavor
Foi ficando mais traíste
Às vezes ainda insiste
Que tudo não passa de um sonho vulgar
Nunca gritava e nem reclamava
Às vezes ate ele falava, se
Alguém perguntasse
Nem sequer respondia
Dormia como um anjo
Sonhava e não lembrava
Às vezes pensava e falava
Como que não querendo falar
Via sempre que via
Olha sempre pro canto
Às vezes cantava e só escutava
Como se tudo não fosse passar
Não tinha namorada
Não ia pra lá, nem acreditava que
Alguém pudesse gostar
Foi ficando estranho
Às vezes chorava ninguém ouvia
E sempre dizia que era a vida
Sozinho sem ninguém explicar
Calado absorto num canto
O seu acalanto era ficar
Com cara de querer
Não ta nem ai
Absorto em mundo do só
Às vezes lembravam que tava lá
E sempre se erguia que era o um ser humano
Foi sumindo na praça andando sem graça
Ninguém percebia, que dia e podia
Alguém viver assim
Foi sumindo, sumindo
Até hoje no bairro perguntam
Se alguém ainda mora ali
luiz machado
Enviado por luiz machado em 26/01/2009
Reeditado em 03/02/2009
Código do texto: T1405491