Fastio...
Teu jeito e trejeito
Às vezes me cansam
Tuas trutas astutas
Metida à batuta
Não digo que é puta
Porque não sou puto
Mais parece até fruta
Que enjoa e fastia
E quando me esnobas?
Logo sinto e me enojas
Será que somos iguais?
Covardes... Valentes!
Velas apagadas de um castiçal
Duas vidas no meio do lamaçal
Talvez até sejamos imortais
Diante de tantos sofridos ais
Um contra o outro
Imagens no espelho
Face a face no olho
Amor e desejo
Falta do beijo
Diferentes nos membros
Vômito e anseio
Amor que não foi
Amor que não veio
Não tenho mais medo
Não temo... Não receio
Todo poeta precisa
Gritar a sua besteira
De qualquer maneira
Somos e seremos
Loucos
Emputecidos
Ensandecidos
Serenos!
Hildebrando Menezes