CÁLICE DE AMOR

De Regilene Rodrigues Neves

Derramara vinho em meu corpo

Provocando uma noite de amor

Sorvera o desejo na minha pele

Enquanto entre meus seios

Se embriagava de prazer

Provando o sabor

Que emergia em meus poros...

Bebia-me querendo sugar

Em mim tuas vontades

Teus lábios molhados

Sorviam-me até a alma

Que se entregava

Cheia de sentimento...

Mordiscando-me provocavas

Gemidos do alto da vontade

De possuir-me em cada curva

Que descia causando-me febre

Ardendo-me de paixão...

Acelerava ritmos

Que compunham no meu corpo

Notas dedilhadas em puro êxtase

No violão deixava tuas marcas

Compondo uma canção de amor...

Já embriagados

O cálice bebido

Saciando teus vícios

Deixavas derramar dentro de mim teu gozo

Preenchendo-me intimamente...

Beijando meu coração

Confesso se declarava

Rendido e entregue

Ao meu corpo e minha alma

Dançávamos entrelaçados

Entranhados um ao outro

Sussurrava-me todo amor do teu corpo

Para que o meu ao ouvi-lo

Se entregasse de amor

Nessa completude

Nos amamos até o amanhecer

Ao vermos o sol nascer

Suspiramos em completa exaustão

Misturados corpo e coração

A emoção fora notas

De uma linda canção de amor

Que o cálice da noite derramou!...

Em 22 de janeiro de 2008