Praguejo os girassóis

Que a lua insone queime esta ilusão

E torne-se minha companheira

ao copo do vinho e do inverno

esses ossos carregam o peso de uma pena

e nas borboletas dos olhos

a lembrança dos medos por correr demais

cambaleante tropeço

em outro sonho estirado ao chão

a ânsia de chegar onde as palavras

não se aventuram, neste silencio

dos braços cruzados o delírio

num acaso maleando o destino

faz de mim o eu mesmo

uma pedra e orvalho meu descanso

nas paredes ásperas onde acalmo os espinhos do pé

alguns risos correndo ao léu na velocidade da gargalhada

o céu desatino de minhas retinas

do tempo que corre, corre sem cessar

uivando errante pelas narinas da alvorada

sem uma gota de lágrimas

a estrela de prata

e nesta testa carruagens brotam

atrás de sombras e vento

o inicio de tudo: a lua amante!

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 14/01/2009
Código do texto: T1383748
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