SAPO ANALISTA

Falo com o sapo sobre meus “grilos”,

Finjo ter a força de uma tigresa,

A sabedoria de uma águia,

A esperteza de uma onça

E com a experiência adquirida em almanaque,

Julgo-me perfeita...

Cada vez menos vaidosa,

Vivendo entre a sanidade e a loucura,

Sou lesma a caminho do nada.

Ferida pelos açoites da noite

E motivo de deboche das corujas

Que me espreitam por diversão,

Sou mesmo um caso sem solução...

O gavião me dá um “bote”,

Para navegar num rio de jacaré.

De longe acompanha a minha luta

E cada ponto que perco,

Escuto o seu vibrante olé!

No meio do pesadelo,

Minha hortelã exala o seu perfume,

E imediatamente me tira da noite escura,

Para um iluminado dia que começa.

Respirando aliviada, porém cansada,

Dou Graças...

Agora estou acordada!

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