MANTO ESCURO
A noite oculta o dia que não incandesceu
Tateio a luz de uma estrela cadente
Que desce ao báratro de um mundo breu
Caminho em sombras sem senti os passos
Embaraço em meus próprios rastros
Não sei se quero reascender minha lucidez
Ou se elejo este manto escuro como égide
Quando estiver sobre o muro da languidez
Descanso meus olhos no porão da alma
Para desviar-me do que não quero ver
Se eu despertar e a noite estiver clara
Talvez eu me veja em mim sem entender
Ivone Alves SOL