DESESPERO....
Mergulho fundo
Nesta mente insana
Buscando entender,
Tentando encontrar
As razões e os porquês.
As vezes me afogo
Me falta o chão
Me sinto impotente
Quase sempre carente
Inerte sem ação.
A angustia devora
O caminho demora
O tempo não para
Eu não solto as amarras,
Tentar foi em vão.
A Razão me condena
O real me reprime
Meu ego se esconde
A angustia desperta
E a noite não dorme.
Solto gritos ao leo
Ninguém ouve o cordel
Me julgam banal
Li no código penal
Pra ver onde me encaixo.
Vomito nas entrelinhas
La vou eu com minhas ladainhas
Repetindo certos erros
Na ânsia do acerto
Desabo ladeira abaixo.
Escalar de novo o monte
Tentar ver no horizonte
O brilho do sonho opaco
Retido na sinceridade
Do riso de um sorriso falso.
Mais branco que a branca bunda
Mais torto que qualquer corcunda
Tão fundo que até a sombra afunda
Eu grito “Eu sou insistente”,
Eu não desisto nunca...