OBSESSÃO
Caminho tão próxima a meus extremos
Passo a passo em redundante obsessão
Pernoitando em mundos enfermos
Em busca da impossível perfeição
Permaneço alheia a teus claros sinais
Como se caminhasse tateando no escuro
Dando real importância à coisas banais
Dando vazão a esse meu lado obscuro
As paredes de minha vida são de areia
Onde o vento sopra o cisco no meu olho
E as lágrimas rolam, lavando a sujeira
Daquilo que planto e de tudo o que colho
Mergulho num mar que conheço tão pouco
Quanto mais eu nado, mais me vejo afogar
Quem pode afirmar que nada tem de louco
Certamente a primeira pedra poderá atirar