DELÍRIO DE MEIA HORA

Um sussurro se exalou em gritos aos meus paladares...

Eu tinha de criar, mas o novo não se cria, está na sua essência e dor, pronto pra nascer.

Esperando mais um pequeno, porque a terceira linha sempre será maior para quem fala apenas duas.

Sabe quando a música vem de bem longe e você a conhece como se a fizesse?

Não bata seus pés para acompanhar. Não cante junto para não demais embalar... Tão distante é onde a música estava, e este seu sorriso bem grande aproxima aquele “S” preocupado... Que pronúncia nem nada, vão olhar é para o teu coração na hora canção!

Eu preciso fazer um poesia, ela era tão urgente, me quis mesmo que descontente, e viajei numa ímpar infâmia de partes já remexidas. Prometo que não abri tuas cartas, que não joguei nos livros pra encontrar mais palavras, que as memórias não falharam pra te falar dos atos falhos... E o que significa essa parada pouco louca. A loucura é que me sustente meu bem! Porque se me propores um arco-íris pra ofuscar os olhos, eu te proponho um degradê do que possa imaginar, porque destas pontes eu tenho pára-quedas, tu tens meus para-fluxos, e eu não paro até a poesia de bem comigo estar!

Eu preciso criara bem rápido agora, não tenho tempo, por isso não me preocupo com ele.

Sementinha não cresce não, espera o brotar das minhas mãos. Eu crio como quem mata fome de dois mundos inteiros, um universo pela metade e dois infinitos e meio. A dança que me sustenta de visão e olhar a escuridão, o ponto com braços mexer-se na multidão e ter a contensão de não parar junto comigo: Se tu criar para sempre, eu crio eternidade!

O sussurro me suspirou em poesias, e já que quem não os cria não vive, eu preciso

Q-U-E-R-O, N-E-C-E-S-S-I-T-O, M-O-R-RO, V-I-VO, Por esta criança mau amada que não me responde. E não para, e não fala de bons costumes. Teu hábito é deixar-me sem leis, para não mais criar... E só veres o mundo totalmente estrada solitária, ovelha perdida. E até o último serei esta coisa limpa, ilusionária, quente e fria... Serei até o último esta coisa que cria!

Douglas Tedesco – 21/10/2008

Douglas Tedesco
Enviado por Douglas Tedesco em 21/10/2008
Código do texto: T1239452
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