Numa procura
Que me chamem de louca
por perseguir uma quimera.
Que importa
se nessa louura me encontro
e vivo a buscar nesse encontro
um modo de desvendar
o mistério da vida?
Que me chamem de visionária
por vislumbrar uma ação.
Que importa
se essa ação me satisfaz
embora eu não me realize
jamais?
Deixem que eu continue a sonhar...
Em troca,
deixo que continuem a falar,
a pensar na minha loucura,
mesmo que eu morra
nesse vislumbre,
"à procura das esmeraldas"
sem, jamais, as encontrar.