AGORA OU NUNCA
«até é belo andar apurado por entre
o ar triste da cidade»
AGIL
(em comentário ao texto anterior)
Caminha a cidade
com o seu bafo cinzento
abraçada de azul e campãs
Caminha nas minhas veias
abertas e sangrantes
túçaras, errantes
na espera sem
esperança
Caminha e sabe
que mata a cada passo
e em cada passo há nova vida
E no fraco corpo
dobrado de emoções
uma voz anuncia gritante
que ou é agora ou é nunca
que não há mais tempo que este
nem maior dor que a da renúncia