Tempo, tempo, tempo!!!
Tempo, tempo,tempo!!!
Luiz Claudio Bento da Costa.
Toda a dor das drogas
que sufoca com pressão
o meu peito sonhador,
pode me apagar da vida
sem mandar qualquer recado.
Muitas madrugadas jogado,
às vezes perto do lixo,
a beira da marginalidade,
quando distante de mim mesmo
nem os olhos tinham forças
para chorarem por um retorno.
Os passarinhos num amanhecer,
uns trezentos e ciquenta e dois,
juro que contei,
Cada um deles
levava em seu bico,
gravetos para construir o seu ninho.
A dose mais forte me esperava
na esquina do coração,
mas na contramão "certa",
certa foi aquela bendita decisão.
As montanhas em volta da minha casa
deram-me o ar de seus eucaliptos,
porque desde criança
eles sempre estiveram lá,
verdinhos e bonitos
vivendo e deixando viver...
Um abraço do Condor.