[Des] Esperança

Desespero-me

Busco a folha em desespero

na [des]esperança de psicografar

As idéias que relampejam

Os pensamentos atrozes

Como animais fugazes

Buscam na velocidade

O seu porto seguro

Os animais fugazes

Quase tão velozes e atrozes

Quanto o pensamento

Que não consegue ser capturado por predador algum

Busco erguer uma malha

Como roupa esticada ao sol

Para reter ali tudo que é meu

E impróprio de mim

Percebo que a trama larga é a da mente

E o pensamento é vento que não pára

Então é inútil tentar traduzi-lo

Por fim, vira farsa da ficção que mente ela mesma

Ao transpor sopros no papel

Vejo a inutilidade deles

Pois é mais fácil, preciso e belo à palavra

Somente combinar-se a outra.

Gabriella Mendes
Enviado por Gabriella Mendes em 24/09/2008
Código do texto: T1193833
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