NA PRIMEIRA VEZ

O quase escuro,
De um quase quarto;
Sem nenhum retrato,
Para amenizar,
O olhar inseguro,
Sem nenhuma canção,
Para acalentar,
O medo de falhar,
A mulher nua – deitada,
A cama desarrumada,
A toalha ao lado,
A bacia no chão,
O lento toque,
Ploc – ploc – ploc...
A goteira vindo do telhado,
Como chovia!
Como ele tremia!
Mal conseguia,
Manter-se de pé,
- Quan... quanto que é?
Perguntou por perguntar,
-vem cá freguês!
Depois a gente acerta.
A braguilha aberta,
A descoberta,
A embriagues,
A chuva caindo,
E ele se consumindo,
Na primeira vez.