Delírio de Primavera

Meu barro é cósmico

Minha serpente de ouro

Buraco em minha estrela, é toca

Tatu no meu jardim, é bola.

Meu sol é talismã

A lua, minha herança

Pago imposto à São Jorge

Cada dia em bônus hora.

Minha flor, no vaso cresce

Adubo é lágrima de moça

Homenzinhos verdes em cada mente

Delírio Psicótico é desforra!

Ao político corrupto o meu não,

A urna desprezo simbólico.

Ipê em extinção

Nova era, maldição?

Meu vegetal é poeira,

De papel minha bandeira.

Árvore sem frutos é besteira,

Pássaros com fome é asneira,

No cerco da jornada

Minha nave à deriva,

Comando Estelar tem Spock,

Comando Terrestre tem escroque.

Sem rima a obra passa,

Delírio de primavera é meu poema!