SOLIDÃO.
Era multidão o que ali havia,
Homens, mulheres e crianças,
Era a própria loucura em vida,
Num desesperado trôpego maluco,
Querendo voltar antes da ida.
Era o que ali havia,
Uma multidão de indivíduos sós,
Sem ter par, nem parceria,
E na praça clamando por nós,
Uma voz que nada dizia.
Era o mundo rodando louco,
E nos tantos só uns poucos,
Faziam de conta que eram outros,
Dos tantos que ali havia.
E no trôpego andar do mundo.
Só eu me via tão só,
Tão impuro, tão imundo.
Era a neurose o que ali havia,
Conversando com a esquizofrenia,
E conversa?.....A psicose.
E no bar da hipocrisia,
Tomava-se egocêntrica às doses.
E nem parecia que era
Uma multidão que ali havia.
(D`Eu)