Psicodélicos desvairados...

A caminho das grandes cidades

O poeta desvairado na insanidade

Entre os meios de excentricidades

Vê-se ali cercado por tantos versos

Simples, complexos, longos, transversos

Parecem caminhos tortuosos e avessos

Pelas brigas, intrigas catando e cantando

Ele delira, alucina, compõe se insinuando

A quem queira ouvir as proezas do pavão

Na pele animal de tanta elegância e graça

Que todas se perdem no canto da ilusão

Até destoando na cadência e sua desgraça

Tanto é o que sai do pobre canto e prosa

Que nossa cabeça fica tonta e entorpecida

Com essa folia de fome aloprada de ‘mulé’

Catando descabelada ‘homi’ em obras inacabadas

Cata carinho, cata piolho, cata fortuna, cata mulé

Desvios alucinógenos da temática proposta

Coisas loucas! Psicopatológicas e neuróticas

Ora... Se nem todo ‘homi’ é cavalo dourado...

Por que procurar assim feito uma transviada?

Se o tal cavalo é pior que uma mula sem cabeça

Cata poetas, cata casa, cata carrão, cata cachaça

Entre meios de moedas, sonhos, ilusão só fachada!

Do ‘mulo’, ao final, ela fica sem o catar e nem falar

Entre as nuvens do cúmulo a coitada vai dançar

Cartas mal escritas entre meias palavras a bailar

Bem escondidas e meio desvendadas só a sondar

E no meio de tanto catar, elucubrar e só pensar

Entre ‘homi e mulé’... Mula e cavalo a pastar

Cansada, deprimida... Vai dormir a descabelar

Enquanto uma ali o segue a outra também persegue

Festival de machos, meio fêmeas, de perseguições...

Porque a melhor isca sempre ali se aquece e apetece

Ao que ela parece que consegue e jamais falece

O seu ritual diário na busca sofrida de um marido

Com a ajuda de debochados tirados a cupidos

Só nos resta sorrir diante de espetáculo tão raro

Digno de constar no pedestal do ‘guinness book’

Porque os assédios e a voltagem ainda persistem

Bom... Pelo menos os divãs de psicanálise se transferem...

Diante dessas farturas... Tantas diabruras aparecem

Talvez não se consiga unir um dia num casamento?

Quem sabe?! Topas?! Risos! Choros! Lamentos!

Dueto: Salomé & Hilde

Nota: As semelhanças são meras coincidências

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 13/09/2008
Código do texto: T1175457