Portal

Há uma porta aberta...

Tem uma música de muito longe...

Atravessou uma ponte...

Cortou três cabeças como plumas,

Entregou-as ao destino como prêmios.

Há uma falsa calma...

Não é vantagem ter alguém que tema...

Daqui a pouco as paredes começam a movimentar-se...

Aparecem coisas com todos os rostos, apreciam casos sem corpos,

Os resolvem como um desequilibrado Deus.

Há um motivo para elas continuarem olhando...

Nunca mais passe por aqui...

Nunca passaram por aqui antes...

Não foque o olhar em nada que obtenha sorrisos,

Dentes não são impostos, apertos de mãos são armadilhas.

Há uma relíquia esquecida...

Ela brilha como se fosse nova...

Nos chama triste como se fosse morta...

Ninguém pretende levar maldições em matéria,

O que todos procuram, descartam quando escutam o silêncio.

O gosto do fácil é coçar-lhe as idéias.

Aponte não foi atravessada, uma noite não existiu.

Onde todos vocês estavam?

Do que beberam? De qual mistério comeram?

Comum ilusão de períodos...

Mais uma sensação de torne, entorno dos pulsos...

Vai te acusar o asco de novo...

Antes que alguém passe: feche a porta!

Deixe a porta fechada!

Douglas Tedesco – 12.09.2008

Douglas Tedesco
Enviado por Douglas Tedesco em 12/09/2008
Código do texto: T1175422
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