DIÁFANO
DIÁFANO
Muros erguem-se sob meus medos,
Fantasmas sublimam, evaporam,
Retornam aos mundos fantásticos,
As feições perdem o peso,
A alma readquire a aurora.
Gaivotas negras crocitam agruras,
Em suas imponências, rejeitam as alturas,
Nos nefastos sinais insculpidos nos gritos,
Trafegam nos ares, esnobando os ritos.
O fio cintila, explode,
Espetáculos iridescentes
Congelam a alma aturdida,
A dura gelidez penetra na carne,
Errando pelo mucoso vão da barriga
O chão congela o corpo,
O ar projeta a alma,
As gaivotas crocitam nervosas,
Enquanto o diáfano sobe com calma