Tu, flor afrodisíaca
Que embalada numa redoma
Faz de mim uma Gomorra
Em que Sodoma me queima
No meu ventre latejante
Desabrocho em ti, flor mística
A lisonja de tua beleza
Entorpece tantos sentidos
É no jazigo, que faço teu leito
Trazendo vida para meu peito
Bela, única e de rara solidão
Enfeitará eternamente o porão
Ornamentará o lamento do vento
Enfeitiçado por tênue momento
Que morre em breve suspiro
Sem nunca sequer ter sido