Tempestade

Hoje vou permitir-me chorar

Não vou esconder meus sentimentos ou fingir que esta tudo bem

Hoje vou gritar e quebrar os moveis

Vou permitir-me ficar paralisada, não sentir nada

Hoje simplesmente vou jogar tudo para fora

Sem medo, sem reservas

Deixarei que a loucura invada a minha razão

Serei medo, serei grito

Hoje não importa quem esta aqui

Não importa quem vou encontrar

Ou quem espera por mim

Hoje não importa o tempo, as palavras, o carinho

Deixarei que a chuva me molhe

Que o silêncio me cale

Que a dor que faça chorar

Sentirei raiva, melancolia, aflição

E não vou me culpar por isso

Serei eu, hoje, um barco a navegar em meio à tempestade

Já não o que dizer, o que fazer, o que querer...

E depois,

Ah o depois...

O depois será quieto, o céu se abrirá

A tempestade cessará

Arrumarei meus destroços

E perceberei que sobrevivi

A mais uma tempestade dentro de mim.

Tx. De Freitas-BA, 22 de agosto de 2008

Hari Alves
Enviado por Hari Alves em 22/08/2008
Código do texto: T1140423
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