Simples pecadora
O desejo ardente
Consome lentamente
Este corpo com sede
De algo mais
Olhar penetrante
Luxuria galopante
Encontro com a volúpia
Vontade de pecar
Entre a cruz e a espada
Fez-se a réu
Louco pelo mel
A transbordar da boca
De malgrado
Olhando o certo e o errado
Possuindo um amado
Mas cobiçado por outrem
Eis que vence a emoção
Pele em atrito com o apelo
Um êxtase tamanho
Regado a tempero insano
Nem o peso da consciência
Apaga tais marcas
Deixadas por uma noite
Lembrada como açoite
Afinal, dormir ao lado.
Daquele jurado
Na alegria ou tristeza
Tornou-se gosto amargo