Simples pecadora

O desejo ardente

Consome lentamente

Este corpo com sede

De algo mais

Olhar penetrante

Luxuria galopante

Encontro com a volúpia

Vontade de pecar

Entre a cruz e a espada

Fez-se a réu

Louco pelo mel

A transbordar da boca

De malgrado

Olhando o certo e o errado

Possuindo um amado

Mas cobiçado por outrem

Eis que vence a emoção

Pele em atrito com o apelo

Um êxtase tamanho

Regado a tempero insano

Nem o peso da consciência

Apaga tais marcas

Deixadas por uma noite

Lembrada como açoite

Afinal, dormir ao lado.

Daquele jurado

Na alegria ou tristeza

Tornou-se gosto amargo

POETA ESCARLATE
Enviado por POETA ESCARLATE em 22/08/2008
Código do texto: T1140325
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