O DIÁRIO DO PACIENTE

Ó abstinência vampírica!

Do amor do insano – é retirada a seringa

E a vida amorosa dele, então morta...

Faz-se a mais esquecida e extinta...

Há aqueles que bem distingam!

O amor do louco...

De qualquer outro...

Afinal, as verdades doem e gritam!

No Criador – a loucura acolhida!

Na Terra – jamais escolhida!

Porque és maldita - ó loucura!

Aquela bem aquela que não tem cura!

Amor insano do insano!

E sem ele – só resta o luto – a cor preta!

Amontoados de mentiras inteiras!

Em verdade,

Traz-se a felicidade estancada!

Ante, a loucura dele que é muito verdadeira!

Só ela traz no amor dele – a felicidade tão inteira!

E eis a questão vivente do aflito insano

Ser metade ou inteiro?

Morrer infeliz ? (ou) morrer feliz e amando?

Aqui é o louco quem vos está falando...

Onde estou eu? Há tempos, não me permito!

Não sou eu...e não me vejo...

Trancando – sinto-me um fantasma oco...

E vai-se o insano – a Freud perguntando...

Nesse tempo – a morte adiando!

Por outro lado, a contagem regressiva, vai se passando...

E a Marcha Fúnebre - ele vai ouvindo, dançando e esperando...!