Nossos momentos...

Guardados num cofre

Os versos inspirados

Em papel lacre

O perfume que deles saem

Todos os instantes se esvaem...

Como areia entre os dedos

Pelos folguedos sem medos

Arremedos ébrios de segredos

É o salário do operário das letras

Que o poeta paga pelas estrofes

Ao tecer seus sonhos e anseios

Sua medalha olímpica no pódio

Grito de amor na espera

Grunhido solto da fera

No vôo das suas quimeras

Onde pinta e borda

Dorme e acorda

Sacode e transborda

Pelas cordas da garganta

Irradia e conforta...

Germina as suas dores

O mundo até pode fundir

Saltar do eixo e explodir

Passear pelas galáxias

Que tudo acontece em seu olhar

Pela pulsação mágica de criar

Na alegria de poder encontrar

Àquele que vá se sensibilizar...

Este é o alimento que o sustenta

Dá sentido e movimenta uma vida

E assim deixa as suas sensíveis poesias

Carimbadas pelos preciosos momentos...

Em que debruçou os seus sentimentos.

Hildebrando Menezes

Nota: Inspirado no poema 'Sensíveis' da Enise

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 14/08/2008
Código do texto: T1127330