Teatro

A realidade anda tão longe de mim

Tão complexa e intrigante

Ela viajante, vejo a distancia

De meu ser, ser loucura

Vejo-me no escuro da lua

No brilho do sol frio

Vejo-me atordoado

Olhando textos

E procurando os cadeados

Que nos fecham nesse teatro

Sem portas e janelas

Nessa vida, comprida

Curta e rápida

Vejo-me na frente da fila

Do dormindo, sonhando com o final

Sou deus, sou nada

Sou o astral, o banal

Sou apenas o alto

Baixo, largo e profundo

Dei-me o beijo da peça

Diga-me que me ama

E depois vira a cabeça

Fala seus textos marcados

Enquanto eu falo que der na telha

Nessa peça improvisada

Faça sua parte controlada

Que eu faço a minha errada