Tempo ao Retalho
Vou retalhar os seus desejos sobre o amargo sabor do pecado
Despir a sua alma que afunda num mar de ilusões
enlouquecer sua razão como um sonho distante
Incinerar o seu último suspiro que derramas na inoncência
Minha estranguladora metralhadora de palavras
Agonia que atira um alfabeto da mediocridade
Constrangedor consolo que lhe afaga
Delírio que consome minha imaginação.
Revoltos sentidos como um desprezo sútil
Desmanchas em minha mente um tesouro escondido.
Depois do silêncio simplismente o sol.
Brilhante enxurrada de uma chuva na madrugada.
Tempo cansativo que a noite chora devagar
Equivocado beijo molhado que me entorpece ao amanhecer
Estou agarrado e indefeso pelo irresistivel momento
Horas atropelam nas colinas concretas